Vinhos

Com leve sorriso em tom gracejador disseste – escolhe tu, que eu nunca acerto. Inteligente, sabias de antemão que a tarefa não era fácil. O inocente refúgio na ausência de sorte servia melhor para o efeito.
Eu gostei do desafio e, mesmo não sendo um expert, percorri com confiança a extensa lista.
Ao virar de cada página, degustava mentalmente as margens da região do Douro, as encostas da Beira Interior, a maresia da Estremadura e aquelas infindáveis planícies do Alentejo. Imaginava o paladar de cada casta. Saboreava cada memória que me trazia. Uma brisa fresca pairava no ar, tal tu e o teu suspense. Em silêncio, devolvi-te não só a brincadeira, como o sorriso, ao selecionar o vinho apenas com o meu dedo indicador.

O empregado anotou e sem desembrulhar a surpresa disse – Uma excelente região, senhor.

Dão

Os seus Invernos chuvosos e Verões quentes e secos conferem a estes vinhos: qualidade, personalidade, diferença, elegância, frescura e suavidade. É por entre a linha montanhosa com a Serra da Estrela lá bem no alto que a vegetação abundante, o ar puro e os inúmeros cursos de águas límpidas que escorrem sobre este berço granítico, que confere aos vinhos desta região a sua personalidade única. Diz-se que terá sido por aqui que terá nascido a rainha das castas portuguesas: a Touriga Nacional. Comprove!

 

Douro

É por as margens do rio Douro e pelo doce silêncio de todo aquele sem fim de ordeiras vinhas que nasce o Vinho do Douro. Um lugar onde se vê que a viticultura é a atividade principal da região e passada meticulosamente de geração em geração, com dedicação e um orgulho impar. A abundância de castas no Douro é notável sendo as principais: Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Barroca, Tinto Cão e Tinta Roriz.

 

Lisboa

Esta é uma das regiões com maior produção de vinho (Castelão, Touriga Franca, Cabernet Sauvignon, Arinto). O relevo não muito elevado mas sempre presente. Os Verões são frescos e os Invernos suaves, apesar das zonas mais afastadas do mar serem um pouco mais frias. Crê-se que a vocação para a produção de vinhos tenha sido fortemente incentivada pelos conhecimentos difundidos por diversas ordens religiosas. Um vinho de influências atlânticas que lhe proporcionará uma doce maresia no seu dia.

 

Alentejo

É sob sol escaldante que ilumina os vastos vinhedos destas extensas planícies que as uvas desta região amadurecem. A cultura da vinha desempenha um papel social muito importante, evidenciado pelo facto de ser das regiões com maior área de vinha plantada. Os vinhos do Alentejo são brancos frutados (Roupeiro, a Antão Vaz e a Arinto), de aromas intensos e originais, enquanto os tintos (Trincadeira, Aragonez, Castelão e Alicante Bousche) são caracterizados por serem de aromas frutados e frescos.

 

Porto

Só o vinho produzido na Região Demarcada do Douro, respeitando normas de produção e envelhecimento rigorosamente controladas, pode utilizar a denominação "Vinho do Porto". É ao longo de uma paisagem reconhecida pela UNESCO como Património da Humanidade que este vinho naturalmente doce, cresce e respira. Aproveite e visite as Caves de Vinho do Porto e prove um pouco desta história.

 

Favaios

É na Adega Cooperativa de Favaios que se produz um vinho moscatel que vem conquistando cada vez mais admiradores. Este é um vinho licoroso com características de aperitivo, feito com 100% de casta de uva Moscatel Galego. Tem um aroma fino com notas de lima e amêndoa. Simplesmente delicioso!